quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Direito na História

A História nos mostra como tem sido o crescimento do Direito, principalmente nos pontos de vista a que esteve submetido. O Direito faz parte da consciência do ser humano, levando-o a viver harmonicamente em sociedade.
O Direito, antes subordinado à religião, era visto como instrumento de harmonização universal nas mãos de uma divindade. Com o passar dos milênios, porém, a idéia de Direito como uma coisa divina foi perdendo espaço para a consciência da virtude e da vontade inerentes ao ser humano. Mas o homem não perdeu a ligação do Direito com o transcendental, tanto que até hoje temos as representações de Têmis como símbolos de uma justiça imparcial (idéia erradamente representada pela deusa de olhos vendados, como idealizaram os romanos na Antiguidade).
Por mais que o humano e o divino tentem se separar (caso, por exemplo, da separação entre Igreja e Estado), teremos eternamente as raízes do divino naquilo que chamamos de laico. No Direito, não poderia ser diferente. Os ideais de justiça, equidade e paz (personificados nas filhas da deusa Têmis) são valores universais, primeiro concebidos com pesados toques religiosos, depois transportados à sociedade laica que temos hoje.
A História nos ensina que o homem se liberta do transcendental em todos os aspectos (o Direito, entre eles), mas a sombra de Têmis andará para sempre atrás dos juristas, envolvendo a Justiça com um ar místico que eternamente impregnou os mais antigos valores humanos.

Fontes:
Texto "A deusa da Justiça" (Nilo Ferreira Pinto Júnior)
Texto "O termo Direito e sua tríplice perspectiva histórica" (Miguel Reale, no livro Filosofia do Direito, capítulo XXXIV, páginas 497 a 510)

O agricultor Pedro

O agricultor Pedro e seu Mestre visionário em meio ao domínio romano na Judeia
Gustavo Uchôas Guimarães

Resumo
Os romanos dominaram a Judeia a partir do ano 63 a.C., quando Pompeu conquistou Jerusalém e instaurou um governo subordinado a então República romana. Para os romanos, seria interessante dominar a Judeia por esta ser uma região estratégica, através da qual os romanos conquistariam o Egito dos reis ptolomeus. Depois que Roma torna-se um império, surge na Judeia um grande profeta, que pregava o amor e era chamado Filho de Deus. Este homem, Jesus de Nazaré, chamado Cristo (ou Ungido), recrutou doze homens para continuarem sua mensagem pelos domínios romanos, e até mesmo além dos limites do império. O líder destes doze escolhidos era Pedro, que a Bíblia diz ser pescador, mas que a própria Bíblia, nas entrelinhas, mostra caminhos que nos fazem discutir se ele tinha outra ocupação antes da pesca.

Introdução
Contexto da Judeia sob os governantes hasmoneus
A Judeia vivia um período de independência política desde que os irmãos Macabeus (1), filhos do sacerdote Matatias, lideraram uma revolução contra os reis selêucidas, que instauraram um regime helenista em solo judeu. “Finalmente nela entraram (na Cidadela de Jerusalém) no vigésimo terceiro dia do segundo mês do ano cento e setenta e um (junho de 141 a.C.), entre aclamações e palmas, ao som de cítaras, címbalos e harpas, e entoando hinos e cânticos, porque um grande inimigo (o Império Selêucida) havia sido esmagado e expelido fora de Israel. Simão (um dos irmãos Macabeus) estabeleceu que se comemorasse cada ano essa data com alegria” (1 Macabeus 13, 51-52) (2). O governo judeu, liderado por Simão até 135 a.C., chegou a estabelecer alianças com Esparta (Grécia) e Roma, que garantiram apoio a Israel contra seus inimigos (conforme 1 Macabeus 14, 16-24). A partir de Simão, começa a chamada Dinastia dos Hasmoneus, que governou a Judeia por um século. (3) (4)
A política judaica era teocrática, girando em torno de Jerusalém, do Templo e do sumo sacerdote. No início, um grande aliado dos Hasmoneus eram os “assideus” (do hebraico hasîdîm, significa “piedosos”), uma classe religiosa que depois veio a se dividir em fariseus e essênios, e que se afastou dos Hasmoneus na medida em que estes evidenciavam suas tendências políticas. João Hircano (5), filho de Simão, governou a Judeia (134-104 a.C.) como sumo sacerdote e expandiu os domínios judeus, ao conquistar a Samaria e a Idumeia, após vencer o rei Antíoco VII, que tentara invadir e retomar a Judeia. Aristóbulo I, sucessor do pai João Hircano, conquistou a Galileia e governou por apenas um ano (104-103 a.C.), dando lugar ao irmão Alexandre Janeu (6), o primeiro a coroar-se rei. Alexandre se casou com Salomé Alexandra, viúva de Aristóbulo, e expandiu ainda mais o território judeu, conquistando Gaza, na fronteira com o Egito. Alexandre Janeu sofreu forte oposição do partido fariseu, e veio a morrer no ano 76 a.C., dando lugar à esposa Salomé, que se aproximou dos fariseus e lhes deu grande poder sobre o povo. Salomé faleceu em 67 a.C., e o poder passa a ser disputado entre os filhos Hircano e Aristóbulo. Este consegue governar até 63 a,C., quando as tropas romanas o tiram do poder, conquistam o reino judeu e entregam o sumo sacerdócio a Hircano, que governava Israel sem ter o controle político da região (agora, ele era subordinado a Roma). Em 40 a.C., Antígono, último filho de João Hircano então vivo, assume o sumo sacerdócio e se rebela contra Roma, sendo deposto e morto três anos depois. Termina, então, a Dinastia dos Hasmoneus.
Os romanos entregam o poder sobre a Judeia a Herodes, um idumeu, o que revoltou os judeus. O novo governante era tão cruel (até mesmo com sua família) que o imperador romano Augusto chegou a dizer: “Prefiro ser o porco de Herodes a ser seu filho” (7). Herodes governou até o ano 4 a.C., quando faleceu. No reinado de Herodes, nasceu Jesus, em Belém. Jesus, fugindo da perseguição de Herodes (conforme Mateus 2, 13-23) (8), vai morar em Nazaré, na região da Galileia. Quando Jesus inicia sua vida pública, a Judeia estava sob o governo de Pôncio Pilatos, procurador romano, o que evidencia um maior controle de Roma sobre o território judeu, sempre suscetível a revoltas, visto que os judeus, vendo a si mesmos como “povo escolhido por Deus”, não admitiam ser dominados por quem eles chamavam de gentios (ou pagãos).

Partidos político-religiosos na Judeia
Na época dos Hasmoneus, a elite política e religiosa dos judeus divide-se em partidos, sendo os mais conhecidos: fariseus, que pregavam um radical seguimento da Lei de Moisés (com seus 248 mandamentos e 365 proibições) (9) e faziam oposição aos Hasmoneus, pois estes tomaram para si o sumo sacerdócio (na Lei de Moisés, o sumo sacerdote deveria ser da Tribo de Levi, uma das 12 tribos de Israel); saduceus, que rejeitavam a ideia de ressurreição dos mortos e aceitavam como “guia” apenas a Torá (os cinco primeiros livros da Bíblia). Depois, ao longo do tempo, surgem os herodianos (defensores de Herodes), os essênios (que pregavam uma vida religiosa afastada do mundo), os zelotes (que lutavam contra o domínio romano na Judeia), entre outras correntes político-religiosas, lembrando que entre os judeus daquela época a política e a religião caminhavam juntas, no princípio de que o povo era governado por Deus através de seus representantes.
Estes partidos, principalmente o fariseu e o saduceu, se viram diante de uma nova doutrina, pregada e liderada por Jesus de Nazaré. Ele dizia: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento” (Mateus 5, 17). Assim, entendemos que os judeus viam em Jesus alguém que viera dar uma nova interpretação ao judaísmo. Jesus, com sua pregação, pretendia levar os judeus a uma vivência religiosa mais próxima da essência de Deus, o amor (conforme 1 João 4, 8). Em nenhum momento, Jesus de Nazaré mostrou-se a favor ou contra o domínio romano, preferindo falar a respeito de justiça social, tolerância entre as pessoas e busca sincera pelas virtudes divinas.

Jesus e os apóstolos
A existência de Jesus de Nazaré, apesar de ainda contestada por alguns estudiosos (10), é confirmada por relatos históricos feitos pelos primeiros cristãos (11), pelo escritor Flávio Josefo (12) e por escritores romanos, como Tácito (13) e Suetônio (14) (ao todo, cerca de 40 escritores, cristãos ou não (15), falam sobre Jesus e/ou os cristãos somente nos séculos I e II d.C.). Até mesmo o Talmud, obra de grande importância no judaísmo rabínico, fala sobre Jesus de Nazaré (16). Esta afirmação é necessária para entendermos a importância histórica de Jesus de Nazaré e prosseguirmos neste estudo, que inclui o seu papel e suas posições em meio à presença romana em Israel e ao impacto desta presença no povo judeu.
Para estender sua mensagem, Jesus escolheu doze homens para conviver mais tempo consigo, ouvindo e assimilando a nova doutrina. Estes homens eram: os irmãos Simão Pedro e André, os irmãos Tiago e João, Bartolomeu, Filipe, Tomé, Mateus, Tiago, Judas Tadeu, Simão Zelote e Judas Iscariotes (conforme Mateus 10, 2-4). Alguns deles eram parentes de Jesus, outros o acompanhavam desde as primeiras pregações. Os doze escolhidos por Jesus receberam o nome de “apóstolos” (do grego, significa “enviados”) e eram liderados por Simão Pedro.
Simão recebeu o nome de Pedro quando conheceu Jesus. Este assim o chamou para designá-lo líder dos apóstolos (Pedro vem do aramaico Kepha e do grego Petros, que significam “pedra” ou “rocha”, no sentido de ser o alicerce onde se assentaria a difusão da doutrina de Jesus). A Bíblia mostra Pedro em situações de pesca (Marcos 1, 16; Lucas 5, 1-7; João 21, 2-4), mas também deixa no ar a possibilidade de que Pedro não tivesse apenas a pesca como ocupação em sua vida.
Ao longo do texto, veremos como funcionava a dominação romana na Judeia e como esta dominação afetou a vida de Pedro, assim como a das pessoas de seu tempo. Em meio às considerações sobre o domínio romano em território judeu, veremos também as pistas que a Bíblia dá a respeito da vida pessoal de Pedro, mostrando que a figura do pescador é muito simplista para defini-lo. A favor da ideia de Pedro ter sido apenas pescador, estão os fatos de ele ter nascido em Betsaida, antiga colônia de pesca na Galileia, e ter sido chamado por Jesus enquanto exercia sua função no mar. Porém, contra esta possibilidade existem, principalmente, as parábolas de Jesus.
A Bíblia será frequentemente citada neste trabalho, pois se trata de um dos principais documentos históricos a respeito da época de Jesus de Nazaré e da dominação romana em território judeu. Além da Bíblia, outras fontes importantes são os livros do judeu Joseph ben Matatias (mais conhecido pelo nome romano Flávio Josefo), cuja obra procurou afirmar a importância dos judeus na História e suas relações com os povos vizinhos, especialmente no contexto da dominação romana.

O evergetismo: forma de manter o controle sobre o território
Definição de evergetismo
O historiador francês A. Boulanger criou, em 1923, o termo “evergetismo”, que em grego significa “eu faço boas obras”, definindo a atitude de quem pratica a filantropia (17). O evergetismo foi uma prática muito corrente no Império Romano, apesar do termo não existir na época (como curiosidade: o rei Ptolomeu VII, que governou o Egito entre 170 e 117 a.C., adotou o codinome Evergetes, passando a imagem de um rei bondoso). Os romanos praticavam o evergetismo como uma obrigação social, embora também não podemos descartar o caráter interesseiro de alguns praticantes, que buscavam prestígio através da prática da caridade (ainda hoje temos esta atitude interesseira na sociedade, mostrando que na História certas ações e ideias mudam apenas de personagem e local, mantendo sua essência). O judaísmo, de certa forma, comungava com o princípio do evergetismo, ao pregar a esmola, e Jesus, em suas pregações, combatia a hipocrisia (do grego hypokrités, tradução do hebraico haneph), que na Bíblia tem o sentido de virtude fingida e caridade exibicionista (conforme Mateus 6, 1-2).

Evergetismo romano
No Império Romano, o evergetismo era também praticado na relação entre o poder central (imperadores) e as elites das províncias (18): os imperadores concediam benefícios às elites locais (obras públicas, títulos e cidadania romana, por exemplo) e em troca estas legitimavam o poder romano nas províncias que elas influenciavam. Foi assim a relação entre os romanos e o partido dos fariseus, que detinha o poder religioso na Judeia, guardando as tradições dos antepassados e controlando o culto no Templo de Jerusalém, entre os séculos I a.C. e I d.C. Aliás, o Templo de Jerusalém foi revitalizado e atingiu a máxima glória sob o rei Herodes, o Grande, responsável por manter a ordem na Judeia em nome de Roma, sendo assim um exemplo prático do evergetismo romano.
A partir do momento em que o poder central romano estabelece relação com a elite judaica, esta se vê na obrigação de impor ao povo o modelo romano de dominação, sendo intermediário entre dominados e dominadores. A cobrança do imposto, por exemplo, era feita pelos próprios judeus, que por um lado se beneficiavam da “generosidade romana” e por outro eram mal vistos pelo povo judeu, como se fossem “traidores da pátria”. Jesus, para ilustrar sua mensagem de tolerância e igualdade entre as pessoas, chamou um cobrador de impostos, de nome Mateus, para o grupo dos doze apóstolos (conforme Mateus 9, 9).
O evergetismo romano em relação à elite judaica permitiu que judeus tivessem acesso à cultura romana e até mesmo tivessem posições privilegiadas na sociedade romana. Neste sentido, pode-se citar alguns exemplos:
• Paulo de Tarso (2) (8) (9) (20): natural da Cilícia (região da atual Turquia), era um judeu com cidadania romana. Discípulo de Gamaliel, um dos grandes mestres fariseus de Jerusalém, Paulo perseguiu os primeiros cristãos, depois convertendo-se à doutrina de Jesus de Nazaré e espalhando-a pelo Oriente Médio e região mediterrânea da Europa. Paulo foi decapitado por volta do ano 67 d.C., em meio a perseguição que o imperador Nero promoveu contra os cristãos de Roma.
• Flávio Josefo (19): nascido no ano 37 d.C., era de família sacerdotal, herdeira dos Hasmoneus que governaram a Judeia décadas antes. Chegou a governar a Galileia e auxiliar os judeus na guerra ocorrida entre os 66 e 70, mas quando foi preso passou para o lado romano, o que lhe valeu a sobrevivência e a amizade com os imperadores Vespasiano e Tito. Josefo, morando em Roma após a destruição de Jerusalém, escreveu várias obras, entre as quais temos A Guerra Judaica, Antiguidades Judaicas e Autobiografia. Flávio faleceu por volta do ano 103 d.C.
• Berenice e Drusila (20): bisnetas de Herodes, o Grande, eram filhas de Herodes Agripa I, que governou a Judeia entre os anos 41 e 44 d.C. e era famoso por sua observância (interesseira) dos preceitos judaicos. Berenice (nascida no ano 28 d.C.) foi amante de Tito, general romano que destruiu Jerusalém no ano 70 e foi imperador entre os anos 79 e 81, e só não se casou com ele porque o Senado repudiava o casamento do imperador com estrangeiras. Drusila, dez anos mais nova que a irmã, casou-se com Antônio Félix, procurador romano da Judeia, e foi morar com ele na Itália. Provavelmente, Drusila morreu no ano 79, quando uma erupção do vulcão Vesúvio destruiu cidades como Pompeia e Herculano (segundo Flávio Josefo, nesta erupção foram mortos o filho de Drusila, chamado Agripa, e sua esposa).
Exemplos mais recentes na História repetem a absorção da cultura romana em todo o seu império, demonstrando como povos acabaram beneficiando-se da dominação de outro povo. Temos, para ilustrar esta afirmação, a imposição do “modo de vida” norte-americano, promovida no século XX através, principalmente, dos meios de comunicação. Em tempos anteriores, vemos a cultura francesa assumida por elites em vários cantos do mundo (século XVIII), ou ainda a própria cultura romana sendo absorvida pelos invasores que devastaram o Império do Ocidente, nos séculos IV e V.

Jesus de Nazaré no contexto da dominação romana e das revoltas anti-imperiais
O contexto em que surgiu Jesus de Nazaré
No tempo de Jesus de Nazaré, os fariseus eram os responsáveis por manter a pax romana na Judeia. Eles se mantinham moderados em relação ao domínio romano (ao contrário dos saduceus, que defendiam abertamente a presença romana na região, e dos zelotes, ferrenhos opositores), mas eram obrigados a legitimá-lo, pois sabiam que disto dependia a sobrevivência da religião e da identidade judaicas. Por esta razão, os líderes fariseus viam Jesus de Nazaré como uma ameaça.
Jesus surgiu na cena judaica em um momento delicado da história do povo de Israel. Quando ele nasceu (por volta do ano 4 a.C.), os romanos dominavam a região há cerca de 60 anos e Herodes, o Grande, já estava no fim de sua vida. O povo judeu não estava satisfeito com o domínio romano, como podemos ver nas inúmeras revoltas (21) ocorridas no século I d.C. Os livros bíblicos do Novo Testamento e os relatos de Flávio Josefo mostram algumas destas revoltas, alimentadas pelo ódio ao “invasor” e pelo nacionalismo fanático do povo judeu de então. Só para ilustrar melhor, vejamos algumas destas revoltas e seus líderes:
• Insurreição de Teudas (22) (23) (24): sob o governo do procurador romano Cúspio Fado (44 a 46 d.C.) (25), Teudas liderou um movimento anti-romano, recrutando 400 rebeldes com a promessa de que ele abriria o rio Jordão, tal como Moisés abrira o mar Vermelho (conforme Êxodo 14, 15-31). O procurador romano, porém, venceu facilmente esta revolta, e a cabeça de Teudas foi levada para Jerusalém, a fim de servir como exemplo a possíveis revoltas futuras. O trecho bíblico de Atos dos Apóstolos 5, 36 menciona um certo Teudas, mas não dá para saber se é a mesma pessoa, pois o relato bíblico o coloca na época do nascimento de Jesus, e o relato de Flávio Josefo o coloca na época de Cúspio Fado.
• Insurreição de Judas, o Galileu (26): segundo Flávio Josefo e o trecho bíblico de Atos dos Apóstolos 5, 37, Judas carregou atrás de si uma grande multidão em revolta, na época do recenseamento feito pelo governador Quirino, portanto no ano 6 d.C. Os seguidores de Judas o chamaram de Messias (prometido pelos antigos profetas judeus como salvador de Israel). Porém, o movimento de Judas foi duramente abatido pelos romanos.
• Levante do “Messias egípcio” (27): um judeu vindo do Egito chegou a Jerusalém e reuniu 4000 homens armados para tomarem Jerusalém através do monte das Oliveiras, na época do procurador romano Antônio Félix (portanto, entre os anos 52 e 60 d.C.). As tropas romanas conseguiram vencer a revolta, mas o líder egípcio escapou de ser preso. O fato é relatado por Flávio Josefo e mencionado na Bíblia, em Atos dos Apóstolos 21, 38, quando um tribuno romano questiona ao apóstolo Paulo se ele não era o tal egípcio.
• Levante do “samaritano”: segundo Flávio Josefo, um homem da região da Samaria comandou uma revolta no monte Garizim, prometendo aos rebeldes que lhes mostraria objetos sagrados que ali teriam sido enterrados por Moisés. O procurador Pôncio Pilatos (que governou entre os anos 26 e 36 d.C.) enviou tropas e venceu os rebeldes, mas com tanto rigor que chegou a ser destituído do cargo e chamado a Roma (28).
Além destas revoltas, a Judeia era constantemente sacudida por protestos populares, como o que ocorreu por volta de 40 d.C., sendo Petrônio procurador da Judeia. O imperador Calígula ordenara que se levantasse no Templo de Jerusalém uma estátua em sua homenagem (29). Diante dos fortes protestos que isto gerou, Petrônio decidiu pela desobediência ao imperador, e só não foi castigado porque Calígula foi assassinado em Roma.

Messianismo
No contexto de todas estas revoltas e insurreições populares, outro fator preocupava as autoridades políticas e religiosas da Judeia: o messianismo. Desde que os judeus se instalaram em Israel (século XII a.C.), muitos profetas, principalmente em situações adversas ao povo judeu, prometiam um Messias (do hebraico Mashiach, significa “o consagrado”, ou “ungido”) (30) para salvar o povo e governar em um clima de eterna paz e harmonia. Profetas como Isaías (século VIII a.C.), Ezequiel (século VI a.C.), entre outros, falavam de um descendente do rei Davi que iria restabelecer a soberania do povo judeu sobre o território de Israel, além de instaurar um governo teocrático na região. Quando os romanos tomaram a Judeia (63 a.C.), a esperança dos judeus pelo Messias aumentou, o que gerou uma onda de oportunistas que se declaravam Messias e levavam multidões à revolta e ao fanatismo religioso. Ao contrário do que foi pregado pelos antigos profetas, que enfatizavam o caráter divino do Messias, agora os judeus ansiavam por um Messias político, que recrutaria tropas para vencer os romanos e expulsá-los da Judeia, restabelecendo em Israel a “Casa do rei Davi”.
Jesus de Nazaré, quando começou a pregar o Evangelho (do grego, significa “boa notícia”), foi logo identificado pelos discípulos como o Messias prometido (conforme Mateus 16, 16 e 21, 9; Marcos 5, 7; Lucas 2, 28-32; João 1, 29-30.49 e 4, 25-26), mas em sua época muitos eram assim reconhecidos, preocupando a elite judaica. Esta preocupação foi demonstrada quando o sumo sacerdote Caifás declara a respeito de Jesus de Nazaré: “Não compreendeis que é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda?” (João 11, 50). Com isto, ele queria dizer que era preferível o suposto Messias ser morto pelas autoridades judaicas do que todos os judeus pagarem o preço quando os romanos fossem combatê-lo.

Jesus e a elite judaica
Em vários momentos dos Evangelhos bíblicos, vemos “confrontos” entre Jesus de Nazaré e os fariseus (estes mantinham uma certa “marcação” com aqueles a quem o povo chamava de Messias). Jesus de Nazaré era constantemente abordado por fariseus que lhe faziam perguntas a fim de pegá-lo em suas palavras e denunciá-lo ao procurador romano Pôncio Pilatos. Normalmente, os fariseus questionavam Jesus a respeito do seguimento da Lei de Moisés, e os Evangelhos mostram como Jesus “vencia” as discussões, para deleite do povo que o seguia. Jesus ficou tão famoso em Israel que o povo quis, em alguns momentos, fazê-lo rei. “Vendo o sinal que fizera, diziam os homens: ‘Na verdade este é o profeta que há de vir ao mundo’. Jesus, percebendo que pretendiam leva-lo para fazê-lo rei, retirou-se outra vez, sozinho, para o monte” (João 6, 15). Na verdade, fazer alguém rei era um anseio do povo, que queria, de toda maneira, libertar-se da dominação romana. Sabendo disto, alguns líderes rebeldes autoproclamavam-se “rei dos judeus”, para conquistar a simpatia do povo em momentos de luta contra os romanos.
Enquanto, porém, Jesus e os fariseus discutiam questões doutrinárias, houve também uma aproximação entre as partes, justamente por questões teológicas. Os fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos, na imortalidade da alma e na existência dos anjos, doutrinas também pregadas por Jesus de Nazaré, e este fator comum fez com que, em alguns momentos, Jesus se aproximasse dos fariseus. “Suas relações com os fariseus não foram exclusivamente polêmicas. São os fariseus que o previnem do perigo que corre. Jesus elogia alguns deles (...) e repetidamente come com fariseus. Jesus confirma doutrinas compartilhadas por essa elite religiosa do povo de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 575) (31). Quando o cristianismo começava a se espalhar por Israel, o apóstolo Paulo chegou a usar suas origens farisaicas para dividir seus acusadores e escapar da condenação. “Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra, fariseus, Paulo exclamou perante o Sinédrio: ‘Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos’. Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu. Houve, então, uma enorme gritaria. E o conflito crescia cada vez mais” (Atos dos Apóstolos 23, 6-7.9a.10a). A grande diferença, portanto, entre Jesus e os fariseus era em relação a práticas rituais da religião judaica, a interpretação da Lei de Moisés e ao medo que os fariseus tinham de Jesus assumir um caráter político e acabar com a pax romana na Judeia. Estas diferenças foram decisivas para que fariseus e saduceus se unissem a fim de eliminar Jesus.
Para levar a termo o plano de eliminar Jesus de Nazaré e manter a pax romana na região, a elite judaica entregou Jesus ao procurador romano Pôncio Pilatos, sob a acusação de subversão política. “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar os tributos a César e afirmando ser ele mesmo o Cristo, o Rei” (Lucas 23, 2). Julgado como agitador político, Jesus de Nazaré foi crucificado. A pena da crucificação era dada aos rebeldes que se levantavam contra Roma e aos criminosos de alta periculosidade (em 71 a.C., 6 mil escravos foram crucificados em um só dia nos arredores de Roma, após a derrota da rebelião comandada por Espártaco) (32).

O apóstolo Pedro e a expansão do cristianismo
Quem era Simão Pedro?
Jesus de Nazaré deixou doze homens para pregarem a sua doutrina. O líder do grupo era Pedro, um pescador natural de Betsaida, a quem Jesus chamou enquanto lavava redes de pesca (conforme Lucas 5, 1-11).
A tradição cristã mostra Pedro como um chamado a ser “pescador de homens”, tendo uma vida simples ao redor do mar da Galileia (que na verdade é um lago). O relato bíblico dá pistas sobre a vida pessoal de Pedro, mostrando que ele era casado (Marcos 1, 29-31; relato da cura da sogra de Pedro) e era “empresário” no ramo da pesca, tendo sociedade com André, seu irmão, e com os irmãos Tiago e João (conforme Lucas 5, 10). Além destes relatos bíblicos, a tradição cristã diz que o sogro de Pedro se chamava Aristóbulo, e era de família rica, ligada ao rei Herodes (33).
Pedro, na verdade, se chamava Simão ben Jonas, e teve o novo nome dado por Jesus de Nazaré. Alguns autores atribuem a Pedro a idade de 27 anos quando foi chamado por Jesus para ser discípulo (34), embora outros dizem que ele era mais velho que Jesus (35). O que importa é que Simão Pedro foi peça fundamental para Jesus de Nazaré iniciar a propagação de sua doutrina, ao ponto de até hoje ele ser intitulado “Príncipe dos Apóstolos”.
Simão Pedro, naturalmente, era judeu, e certamente frequentava a sinagoga de Cafarnaum, cidade onde Pedro morava e onde também Jesus veio a estabelecer. Se Pedro era apenas um pescador ou não, iremos analisar agora, contextualizando a figura do apóstolo no domínio romano que conduzia os judeus.

Pedro: apenas pescador?
A favor da ideia de Pedro ter-se dedicado exclusivamente à pesca, temos as várias passagens dos Evangelhos em que Pedro está no mar, além do fato dele ser natural de uma vila de pescadores às margens do mar da Galileia. Jesus sobe a um de seus barcos a fim de pregar aos que estavam na praia (Lucas 5, 2-3); depois, Pedro é chamado a seguir Jesus, logo após uma noite inteira pescando (Lucas 5, 4-6); Pedro, após a morte de Jesus, tenta voltar ao ofício de pescador (João 21, 2-3). No entanto, também podemos perceber situações em que Pedro (assim como outros apóstolos) teria se dedicado a outro ofício.
Para corroborar esta possibilidade, temos as parábolas de Jesus de Nazaré. Tais parábolas eram histórias que ilustravam ao povo simples aquilo que Jesus queria transmitir. Supõe-se que, para se fazer entender, Jesus de Nazaré falava de coisas do cotidiano de seus ouvintes (36). Assim, temos como exemplo a parábola da mulher que faz festa ao encontrar uma simples moeda perdida enquanto limpava a casa (Lucas 15, 8-9), ou ainda a parábola do homem que compra um terreno porque sabe que nele existe um tesouro e a do negociante que vende tudo o que tem para comprar uma valiosa pérola (Mateus 13, 44-46). O detalhe das parábolas é que a maioria fala de coisas do campo: o semeador que saiu para seu terreno (Mateus 13, 3-9; Marcos 4, 3-8); o joio que foi plantado em meio ao trigo para prejudicar o produtor (Mateus 13, 24-30); o grão de mostarda semeado no campo (Mateus 13, 31-32); os trabalhadores na vinha (Mateus 20, 1-16); a semente que cresce independente de tudo ao seu redor (Marcos 4, 26-29); a videira e os ramos (João 15, 1-8); os agricultores homicidas (Lucas 20, 9-16); o grão de trigo (João 12, 24); a figueira estéril (Lucas 13, 6-9). Em contrapartida, os Evangelhos trazem apenas uma parábola com referência a pesca (Mateus 13, 47-48). Como isto poderia acontecer, estando Pedro entre os ouvintes de Jesus de Nazaré? Assim, olhando as parábolas de Jesus e a realidade de quem as ouvia, poderíamos inferir que Pedro entendia muito bem de agricultura, e isto tem fundamento se levarmos em conta a maneira como os romanos conduziam a questão agrária em terras judaicas.
Toda a região da Judeia, Galileia e arredores é até hoje um território predominantemente desértico, com poucas áreas férteis. Estas áreas normalmente concentravam-se em latifúndios voltados para a produção de azeite, vinho, trigo e perfumes (37), sendo raras as pequenas propriedades (na época de Jesus, 50% das terras férteis estavam nas mãos de apenas 5% da população, no caso a elite judaica e os grandes proprietários judeus ou romanos). O sistema de trabalho incluía a escravidão, que podia ser consequência de guerras (38) e dívidas, por exemplo. Ou, para não tornar-se escravo, o indivíduo perdia sua propriedade. Neste caso, teríamos um Pedro, como tantos outros judeus, que perde sua propriedade por motivo de dívida ou envolvimento em revoltas (frequentes entre os pequenos agricultores, que já naquela época exigiam reforma agrária) e que tem de se voltar para a pesca como alternativa de sobrevivência. Os romanos criaram um sistema latifundiário poderoso na Judeia (18), em que muitos pequenos proprietários perderam suas terras para pagarem os impostos cobrados. Tendo possivelmente acontecido isto a Pedro, o vemos lançando-se como “empresário” na pesca, associando-se ao seu irmão André e aos irmãos Tiago e João, filhos de Zebedeu.

Considerações finais
Se Pedro foi ou não um agricultor antes de pescar, nunca saberemos. A hipótese de um agricultor Pedro foi levantada para mostrar como a mensagem de Jesus de Nazaré era direcionada ao povo simples e como os romanos exerciam seu domínio sobre os judeus em todos os aspectos (político, econômico, agrário, entre outros). O importante é que, dentro do contexto de domínio romano em Israel, Simão Pedro aprendeu a doutrina de Jesus de Nazaré e liderou seus enviados para pregar em todo o Império Romano e além de suas fronteiras.
Ao mesmo tempo, o evergetismo romano falhou em terras israelenses, a partir do momento em que, diante dos abusos das autoridades romanas e judaicas, o povo decidiu dar um basta e levantou armas. Como os fariseus e os saduceus não puderam conter a fúria popular, os próprios soldados romanos trataram de colocar ordem na região, na base da força e da violência. Extremamente treinados e disciplinados (39), os exércitos de Roma, comandados pelos generais Vespasiano e seu filho Tito, iniciaram a chamada Guerra Judaica, em 66 d.C. Após quatro anos de resistência, os judeus viram sua desgraça: a destruição do Templo de Jerusalém, a morte de milhares de pessoas e outras tantas sendo levadas como escravas para Roma. A fortaleza de Massada foi a última a ser destruída, em 73 d.C. No ano 135, outra revolta judaica, chefiada por Simão bar Kochba, foi vencida pelos romanos, e os judeus dispersaram-se por vários cantos do mundo (40).
Enquanto venciam os judeus, os romanos foram aos poucos “invadidos” pela doutrina de Jesus de Nazaré, que acabou suplantando a religião politeísta do Império e sobrevivendo aos ataques dos povos germânicos, nos séculos III ao V. Destacam-se aí as figuras de Simão Pedro e dos demais missionários, continuadores da “grande jogada” de Jesus de Nazaré, que recusou o reinado em Israel (temporário e suscetível a reações contrárias) para que depois sua pessoa e seu pensamento influenciassem para sempre não só todo o Império Romano, mas o mundo ocidental.
Este estudo sobre o domínio romano na Judeia, a posição de Jesus e a pessoa de Pedro perante esta dominação abre novas possibilidades de reflexão a respeito do impacto da cultura romana sobre os nossos dias, além de oferecer subsídios que façam uma ponte entre o evergetismo antigo (tal como praticado pelos romanos) e suas formas contemporâneas.

Referências bibliográficas
(1) http://pt.wikipedia.org/wiki/Macabeus - acesso em 09 de abril de 2011
(2) A Bíblia de Jerusalém. Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus: São Paulo, 1994.
(3)http://www.webjudaica.com.br/chaguim/textosFestaDetalhe.jsp?textoID=47&festaID=18 – acesso em 09 de abril de 2011
(4) http://www.airtonjo.com/historia42.htm - acesso em 09 de abril de 2011
(5) http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Hircano_I – acesso em 09 de abril de 2011
(6) http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Janeu - acesso em 09 de abril de 2011
(7) http://jadai.sites.uol.com.br/teologiaeclesiologiant1.htm - acesso em 15 de abril de 2011
(8) Bíblia Sagrada – tradução da CNBB. Canção Nova: São Paulo, 2007. 5ª edição.
(9) Bíblia Sagrada. Editora Vozes e Editora Santuário: Petrópolis e Aparecida, 1986. 40ª edição.
(10) http://embuscadojesushistorico.blogspot.com/2011/02/de-yeishu-ben-pandeira-ao-deuses-tammuz.html - acesso em 15 de abril de 2011
(11) CLEMENTE ROMANO. Carta aos coríntios. Vozes: Petrópolis, 1971.
IRINEU. Contra as heresias. Citado em http://www.answering-islam.org/portugues/cristianismo-basico/divindade.html (acesso em 16 de abril de 2011)
(12) JOSEFO, Flávio. História dos hebreus. Citado em http://pt.scribd.com/doc/3309911/Historia-dos-Hebreus-Flavio-Josefo-Obra-Completa (acesso em 16 de abril de 2011)
(13) TÁCITO. Anais. Capítulo 15, parágrafos 54 e 55. Citado em http://www.allaboutthejourney.org/portuguese/cornelio-tacito.htm (acesso em 15 de abril de 2011)
(14) SUETÔNIO. A vida dos doze césares. Trad. Sady Garibaldi. Atena: São Paulo, 1950. 3ª edição. Citado em http://servoporemlivre.blogspot.com/2011/01/historiadores-romanos-fazem-referencias.html (acesso em 16 de abril de 2011)
(15) http://www.allaboutthejourney.org/portuguese/tradicao-judaica.htm - acesso em 15 de abril de 2011
(16) http://biblianua.vilabol.uol.com.br/YeshTalmud.htm - acesso em 16 de abril de 2011
(17) http://pt.wikipedia.org/wiki/Evergetismo - acesso em 09 de abril de 2011
(18) http://imperioroma.blogspot.com/2011/01/o-fracasso-do-evergetismo-romano-na.html - acesso em 09 de abril de 2011
(19) http://www.airtonjo.com/flavio_josefo.htm - acesso em 09 de abril de 2011
(20) GILLMAN, Florence Morgan. Mulheres que conheceram Paulo. Paulinas: São Paulo, 1998.
(21) STEGEMANN, Ekkehard W. e STEGEMANN, Wolfgang. História social do protocristianismo: os primórdios no judaísmo e as comunidades de Cristo no mundo mediterrâneo. Paulus e Sinodal: São Paulo e São Leopoldo, 2004. Páginas 191 a 216. Citado em http://books.google.com.br/books?id=9IR7Gy7PjN8C&pg=PA195&lpg=PA195&dq=teudas+josefo&source=bl&ots=mLQD-4BHMt&sig=JHzEG3TuJYIfhQb5yDfUB1uFuW4&hl=pt-BR&ei=n-uiTbWID8iWtwfe24T-Ag&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6&ved=0CDoQ6AEwBQ#v=onepage&q=teudas%20josefo&f=false (acesso em 11 de abril de 2011)
(22) http://www.celsoprado.com/set9.htm - acesso em 11 de abril de 2011
(23) http://www.elosdejesus.com.br/Dicionario-Biblico/TEUDAS/4559/ - acesso em 11 de abril de 2011
(24) http://pt.wikipedia.org/wiki/Teudas - acesso em 11 de abril de 2011
(25) http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BAspio_Fado – acesso em 11 de abril de 2011
(26) http://www.elosdejesus.com.br/Dicionario-Biblico/JUDAS/2904/ - acesso em 11 de abril de 2011
(27) http://pt.wikipedia.org/wiki/Messias_Eg%C3%ADpcio – acesso em 16 de abril de 2011
(28) http://www.artigonal.com/evangelho-artigos/pascoa-poncio-pilatos-heroi-ou-vilao-4564489.html - acesso em 16 de abril de 2011
(29) http://www.airtonjo.com/historia47.htm - acesso em 16 de abril de 2011
(30) http://pt.wikipedia.org/wiki/Messias - acesso em 11 de abril de 2011
(31) Catecismo da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana. Loyola: São Paulo, 2000.
(32) http://mundoestranho.abril.com.br/historia/quantas-pessoas-morreram-maior-crucificacao-historia-538216.shtml - acesso em 15 de abril de 2011
(33) http://www.evangelho.espiritismo.nom.br/personificacao/SPersonalidades.asp?Id_Personalidade=3 – acesso em 15 de abril de 2011
(34) http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro – acesso em 18 de abril de 2011
(35) BOSCO, São João. História eclesiástica. Livraria Editora Salesiana: São Paulo, 1954. 5ª edição. Página 35.
(36) http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/249051/AS-PARABOLAS-DE-JESUS/ - acesso em 18 de abril de 2011
(37) http://www.geocities.ws/nova_teologia/pg2.html - acesso em 18 de abril de 2011
(38) http://www.rivkah.com.br/tradicoes/massada.htm - acesso em 18 de abril de 2011
(39) GANERI, Anita. Como seria sua vida na Roma antiga?. Scipione: São Paulo, 2008.
(40) BERLITZ, Charles. As línguas do mundo. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2002. Página 192.

Novidades pela frente

Vem aí uma série de artigos relacionados a História e Religião.
O primeiro já está pronto, intitulado "O agricultor Pedro e seu Mestre visionário em meio ao domínio romano na Judeia", falando sobre os romanos que dominavam Israel na época de Jesus Cristo e a posição deste e de seus discípulos frente à presença romana na região e à elite judaica que a legitimava.
Outros artigos que vêm por aí (com títulos provisórios):
"Deuses da antiga Mesopotâmia e santos católicos - semelhanças de devoção e proteção no imaginário popular" (cunho histórico e acadêmico)
"Religião no Terceiro Milênio - em que as religiões podem ajudar a humanidade em tempos de profundo Humanismo e relativismo?" (cunho histórico e acadêmico)
"O livro de Jó e as relações mercantilistas entre os homens e Deus" (cunho teológico e religioso)
"Povo judeu - dispersos pelo mundo, unidos pela eleição divina" (cunho histórico e acadêmico)
Aguardem!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vida nova

Revitalizando o blog, parado desde 2007.
É necessária uma nova caminhada.
Continuarei a falar de mim, dos meus gostos, minha vida, e espero ser útil através deste meio.